Dia 29 de agosto marca a comemoração do dia do sommelier no Brasil, mas tu que estás lendo, sabes por que nesta data?

Porque neste dia, em 2011 – praticamente ontem – foi publicada a regulamentação da profissão do sommelier no Brasil. No mundo a comemoração é no dia 3 de junho, que marca a fundação da Association de la Sommellerie Internationale, a ASI, fundada em 1969, em Paris, na França.

Quem trabalha com ou estuda vinho, frequenta lugares ou convive com pessoas que transitam entre rótulos e adegas, já deve ter notado: perceba, não parece que há uma ‘onda’ ao redor da profissão no ar? Se estás neste grupo de três ou quatro diferentes pessoas citadas acima, muitas vezes não te dá a impressão que o vinho em está em cada cinco dos quatro assuntos dos teu dia-a-dia?

Brincadeiras à parte, a arte da sommellerie vem sendo valorizada nos últimos tempos, talvez na esteira do que aconteceu com os chefs de cozinha nas últimas décadas, galgados de cozinheiros estressados de cozinhas abafadas no fundo dos restaurantes a estrelas de televisão e influenciadores com milhões de seguidores nas redes sociais.

Sim, é isso.

Pense bem, não é necessário um grande esforço para lembrarmos quando a profissão cozinheiro ganhou glamour e passou a ser denominada chef de cozinha. Apesar que – fica a opinião aqui de quem trabalha na área – são duas coisas bem diferentes. Um cozinheiro até pode ter um diploma, mas um chef se forma na cozinha e tonifica os músculos das pernas depois de horas e horas de pé.

Mas voltemos ao salão. Em uma conversa informal com uma pesquisadora de uma instituição de Porto Alegre (RS) a respeito da profissão, uma informação saltou na conversa: a capital do Rio Grande do Sul – o estado que concentra a maior quantidade de vinícolas do Brasil e também a maior região vitivinícola do Brasil – tem apenas 19 profissionais da área que trabalham com carteira assinada e registrados na categoria de ocupação específica sob o código n.º 5134-10 ‘Garçom em serviços de vinhos’, que traz também as seguintes denominações: degustador de vinho, escanção (serviço do vinho), especialista em vinho e sommelier. Os dados são do SINE e do Ministério do Trabalho.

Isso provocou nossa curiosidade em saber mais. Rapidamente organizamos um breve questionário buscando informações sobre os profissionais da área. Resumimos aqui alguns dos destaques desse recorte da profissão, a partir das respostas de 100 pessoas que trabalham na função, tendo ou não formação acadêmica e registrados ou não como sommeliers em suas carteiras de trabalho. Se trabalhas na área e queres colaborar conosco, responde nosso questionário, vais nos ajudar muito a, cada vez mais, conhecer melhor quem é o sommelier brasileiro.

As informações que trazemos abaixo foram colhidas a partir de um recorte de 100 pessoas que responderam voluntariamente a um questionário. São homens e mulheres, do Brasil todo, profissionais que atuam em salões, lojas, supermercados e até em navios de turismo. Se quiseres participar, clica aqui.

As respostas farão parte de um levantamento maior sobre a profissão, por enquanto, te deixamos por dentro de alguns dos dados que a pesquisa nos trouxe.

Tem formação em sommellerie?

Sim – 92%

Não – 8 %

Onde?

ABS 52% (WSET e SENAC aparecem bem também)

Tempo de profissão?

Mais de 5 anos – 33%

Qual foi teu primeiro emprego?

Em loja de vinhos – 30%

Onde trabalhas atualmente?

Restaurante – 40%

Qual o teu regime de trabalho?

PJ – 44%

Carteira assinada – 35%

Qual o teu ganho médio mensal?

Entre R$ 1,7 a R$ 10 mil

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