“O sonho do meu pai virou meu sonho, meu amor pela enologia”, diz André Donatti, sobre o início de sua história no mundo do vinho. Eleito Enólogo do Ano 2024 pela Associação Brasileira de Enologia, sua trajetória começou pela insistência do pai Sérgio, também enólogo, que mesmo com a relutância do filho, insistiu que seguisse os estudos na área.
A resistência logo virou amor, e hoje André reconhece o quanto a influência paterna foi fundamental para o seu desenvolvimento. “Despertou um entusiasmo e uma paixão que até hoje não sei explicar”, conta, sobre como a base foi importante para que realizasse suas conquistas.
“Eu sou grato ao meu pai, que me ‘forçou’ a fazer a enologia”, agradece o enólogo. “Grato a Deus e, principalmente, a esse prêmio, esse reconhecimento, e também a quem votou em mim”.
André atua há 18 anos na Vinícola Campestre, em Vacaria (RS), onde é gerente geral e enólogo chefe. Na entrevista ao Brasil de Vinhos RECEBE, detalha sua rotina e reconhece a importância da confiança em seu trabalho: “sou grato a João Zanotto, diretor-presidente da Campestre, que me permite sonhar e fazer a brincadeira acontecer”.
O Enólogo do Ano é figura central na produção do Pérgola, vinho consagrado como o mais vendido do Brasil há uma década. “O Pérgola é uma categoria diferenciada: apesar de ser um vinho mais simples, tem muita qualidade”, garante. Independente da simplicidade dos rótulos de mesa, as técnicas utilizadas – as mesmas que as dos vinhos finos – são o que garante o padrão elevado do produto.
Mas o sucesso vai muito além do rótulo campeão de vendas, e André compartilha como a vinícola se desenvolve, ano após ano, a partir de investimentos em tecnologia e pessoas: “desde que estou na Campestre nunca vi um ano sem investimento”. A unidade de Vacaria, localizada onde funcionava um frigorífico, hoje é o local de produção dos vinhos finos e espumantes da marca, contando com 84 hectares de vinhedos. Além desta área há mais 800 famílias fornecendo matéria-prima para assegurar o volume de produção.
Modesto, André faz questão de destacar que seu mérito não é individual. “O time da Campestre me ajudou a chegar onde cheguei, e ajudou a Campestre a chegar onde chegou. Esse prêmio não é só meu, é deles também, é da ABE, dos enólogos, da minha família e do diretor João Zanotto, que me deixa sonhar”, afirma. “Eu não sei como agradecer, de verdade, o carinho que as pessoas têm por mim”, diz, emocionado.
A trajetória de André pode ser vista como uma lição de como o sucesso acontece quando as pessoas se unem. “A enologia está ajudando a mudar a história da viticultura brasileira. O pequeno produtor está entrando nessa sintonia, e o consumidor está descobrindo o que o Brasil tem de bom. Isso vai fazer com que o vinho nacional seja cada vez mais destacado, e é isso que nos motiva”, resume.
Para conhecer melhor os desafios, motivações e planos para o futuro do Enólogo do Ano 2024 assiste o episódio completo do Brasil de Vinhos RECEBE.
No dia 12 de dezembro, às 19h30, o Brasil de Vinhos RECEBE, ao vivo, Eduardo Gastaldo, fundador da Ruiz Gastaldo, uma das primeiras vinícolas urbanas do Brasil. O tema da conversa será vinificação livre.
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