Dados divulgados no final de novembro pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho estimam que a produção mundial de vinho pode cair cerca de 13%, se comparada à média dos últimos 10 anos – e isso se daria em muito em função das condições climáticas. O levantamento feito pela OIV se baseia em pesquisas feitas em 29 países, responsáveis por cerca de 85% da produção em 2023. No ano passado foram produzidos 237 milhões de hectolitros (mhl) e para este ano a estimativa fica entre 227 e 235 mhl – seria o menor volume desde 1961, quando a produção alcançou 220 mhl.

Em percentuais uma queda de 2% em relação a 2023, mas de 13% se considerarmos a média dos últimos 10 anos.

A Itália deve retomar o lugar de maior produtora mundial, com 41 mhl, à frente da França, que teve a maior redução entre os países produtores, aproximadamente 23%, produzindo 36,9 mhl.

A Espanha mantém a terceira posição, com 33,6 mhl. Em quarto lugar vem os Estados Unidos, com 23,6 mhl.

Hemisfério Sul

No Chile, maior produtor da América do Sul, a queda estimada fica em 15% em relação a 2023 e de 21% em comparação com a média dos últimos cinco anos.

Na Argentina a tendência é que a produção seja de 10,9 mhl em 2024, um aumento de 23% sobre o ano anterior. O Brasil tem uma estimativa de 2,7 mhl, mas também pode sofrer perdas, seguindo a tendência global.

Em nota, John Barker, presidente da OIV, informou que ‘os impactos das mudanças climáticas estão se acumulando. Preocupar-se com o clima e a sustentabilidade é crucial para o futuro.

Imagem: vinhedo na França | crédito @jcstudio

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