Representantes de cinco vinícolas da região dos Campos de Cima da Serra – Campestre, Família Lemos de Almeida, RAR, Sopra e Aracuri – pesquisadores e integrantes de instituições parceiras finalizaram uma parte importante na busca pela Denominação de Origem para os vinhos finos e espumantes da região dos Campos de Cima da Serra. O Brasil hoje tem 13 Indicações Geográficas, sendo 10 Indicações de Procedência e 3 Denominações de Origem – Vale dos Vinhedos e Altos de Pinto Bandeira, no Rio Grande do Sul, e a mais recente dos Vales da Uva Goethe, em Santa Catarina.
Jorge Tonietto, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, responsável pela coordenação técnica do projeto ‘Estruturação da Denominação de Origem Campos de Cima da Serra de vinhos finos e espumantes para registro no INPI’, assegura que o trabalho representa um marco para o reconhecimento da identidade e da qualidade dos vinhos produzidos nos Campos de Cima da Serra: “foram desenvolvidas pesquisas que caracterizam e evidenciam os fatores naturais e humanos da região produtora, que resultam em vinhos com qualidades e caraterísticas próprias de região”, diz. Tonietto chancela ainda o esforço dos produtores: “a D.O. vai reforçar a reputação da região e valorizar o trabalho dos produtores que construíram essa identidade nas últimas décadas”, pontua.
Durante o evento, os participantes também conheceram o selo de controle e a identidade visual da futura D.O. e participaram de uma simulação da dinâmica de trabalho da Comissão de Degustação do Conselho Regulador, conduzida pelo pesquisador Mauro Celso Zanus, que avaliou amostras representativas dos vinhos da região.
André Donatti, presidente da Associação dos Vitivinicultores dos Campos de Cima da Serra, ressaltou o envolvimento coletivo que permitiu chegar a este momento: “a futura Denominação de Origem é fruto de um esforço conjunto entre produtores, técnicos e pesquisadores”, diz o enólogo. “Agora, com o dossiê sendo finalizado, vamos poder dar entrada no pedido de registro da DO Campos de Cima da Serra junto ao INPI. É um passo histórico para consolidar o prestígio e a confiança nos vinhos da nossa região”, comemora.
O processo de estruturação da D.O. de vinhos finos e espumantes da região envolveu o trabalho de 14 pesquisadores, e é coordenado pela Embrapa Uva e Vinho, com apoio da Embrapa Florestas, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – Campus Bento Gonçalves, FAPEG e da Associação dos Vitivinicultores dos Campos de Cima da Serra (AVICCS).
Com informações da Assessoria de Imprensa da EMBRAPA
Fotos: divulgação EMBRAPA
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