Consumidores ingleses acham a compra de vinho uma ‘experiência estressante’

Consumidores ingleses acham a compra de vinho uma ‘experiência estressante’

Matéria publicada no site The Drinks Business relata que os clientes ingleses acham a compra de vinho uma ‘experiência estressante’. Sabemos que estamos falando de mercados completamente diferentes, mas é sempre interessante acompanharmos o que acontece em outros países: uma hora ou outra estes reflexos chegam por aqui. E se avaliarmos bem, nossa percepção não parece ser muito diferente.

Há bons pontos a ficarmos de olho, principalmente nas questões de desconhecimento do vinho: educação, conteúdo e cultura do vinho são fundamentais.

Leia a matéria abaixo, na nossa versão para o português. O texto original de James Evison, em inglês, pode ser conferido clicando aqui.

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Os consumidores acham a compra de vinho ‘uma experiência estressante’

 

De acordo com uma pesquisa da Lidl – rede inglesa de varejo de alimentos, que tem mais de 40 anos de mercado na Europa, com 12 mil pontos de venda presentes em 31 países – as pessoas que compram vinho no varejo, especificamente em redes de supermercados, vão pagar cerca de um terço a mais em cada garrafa somente para impressionar seus convidados. Além disso, quase um quarto dos entrevistados (23%) acham a compra de vinhos estressante.

O estudo da rede ouviu 2 mil consumidores e também descobriu que o consumidor médio gastará £9 em uma garrafa para consumo próprio – aproximadamente R$ 63 – mas vai investir mais para impressionar os amigos, subindo para £ 12,50 – cerca de R$ 87.

Curiosamente, mais de um quinto (23%) dos entrevistados consideram a compra uma experiência estressante e 51% deste total afirma que isso se dá em função da excessiva oferta de rótulos. Quase metade (46%) não sabe como diferenciar a qualidade do vinho somente pelo rótulo, e boa parte dos clientes de perde no “jargão” do vinho.

O Natal é um momento em que os ingleses investem bastante em vinho, 44% dos entrevistados vão gastar mais para impressionar seus convidados para a ceia, e 56% vão presentear com uma garrafa de vinho um pouco mais cara.

A percepção de marca conta muito, uma boa parte dos entrevistados (27%) consideram que os rótulos premium são de melhor qualidade.

Metade das pessoas ouvidas diz que escolhe um rótulo pela região onde foi produzido, mas também fica atenta e aproveita as ofertas. Um quarto dos que responderam (23%) geralmente vai às compras tendo em mente o que vai levar, e cerca de um quinto deles compra pelo apelo visual do rótulo.

Quanto ao motivo pelo qual os consumidores tomam tais decisões, cerca de três quartos dos entrevistados gastam mais porque querem uma garrafa cara para celebrar uma ocasião especial, e mais de um terço (35%) o fazem simplesmente para impressionar os amigos.

 

É interessante perceber também que um quarto dos entrevistados quer saber mais sobre vinho e um terço disse que experimentaria mais se tivesse conhecimento.

 

Em termos de tendências, 39% disseram que bebem rosé o ano todo, uma quantidade semelhante não se importa se a garrafa estiver com rolha ou rosca e beberá espumante em qualquer copo, não apenas na taça convencional. Quase um terço resfria garrafas de vinho tinto e coloca gelo em sua bebida: são consumidores que consideram esnobe a chamada etiqueta do vinho.

Essa pesquisa foi realizada como preparação para uma série de degustações às cegas preparadas pela rede Lidl, na Inglaterra.

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