Suco de Uva brasileiro brilha no Congresso Internacional da OIV, na França

Suco de Uva brasileiro brilha no Congresso Internacional da OIV, na França

O Suco de Uva Brasileiro foi destaque na programação paralela do 45º Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, organizado pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho, que se realiza até dia 18 de outubro em Dijon, na França.

Fernanda Spinelli, delegada científica brasileira na Comissão de Enologia da OIV, conduziu uma masterclass sobre o suco de uva brasileiro com degustações guiadas e análises sensoriais, em encontro organizado pelo MAPA e MRE, com apoio da Apex, Consevitis e suporte da OIV.

Fernanda apresentou dados de produção de uvas e de suco de uva no Brasil, informações sobre as principais regiões produtoras e características dos nossos sucos, além de fazer um panorama geral das variedades criadas pela Embrapa. Cooperativismo e Sustentabilidade também foram tema do encontro.

Na aula, que contou com a presença de cerca de 50 pessoas de 17 diferentes nacionalidades, foram degustados quatro sucos de uva brasileiros – três tintos e um branco, todos produzidos a partir de Vitis Labrusca; e um tinto europeu – feito com Vitis Vinifera.

A degustação conduzida por Fernanda (foto acima) auxiliou no entendimento e exemplificou na prática as distinções entre equilíbrio de acidez e açúcar em função do teor de sólidos solúveis dos sucos, desta forma os participantes puderam perceber sensorialmente as diferenças entre os sucos de uva produzidos a partir de Vitis Labrusca e de Vitis Vinifera. “Foi evidente que depois da degustação os europeus perceberam quanto açúcar tem a mais no suco produzido por eles em relação ao brasileiro, resultando em uma certa falta de equilíbrio entre acidez e doçura em boca”, relata a pesquisadora. Caroline Dani (foto abaixo), pesquisadora especializada em estudos de suco de uva, professora convidada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e presidente da ABS-RS vai no detalhe: “foi unânime a percepção da diferença que existe em especial à quantidade e qualidade de aromas de suco de uva nos sucos brasileiros, bem diferentes da bebida europeia que não apresenta equilíbrio entre açúcar e acidez no paladar”, ressalta.

Fernanda celebra ainda a receptividade que notou em função de sua explanação sobre as pesquisas feitas com uvas no Brasil: “recebemos muitos elogios ao final, muitas pessoas não sabiam o que produzimos aqui e as diferentes regiões emergentes brasileiras”, diz. “E ficaram impressionadas com os estudos da Embrapa em relação às variedades híbridas que são desenvolvidas em nosso país”. Caroline Dani salienta a importância deste momento para a indústria do suco de uva: “há pouco tempo o suco de uva nem era considerado um produto a ser discutido dentro da OIV. O que vemos agora são os resultados de estudos de mais de duas décadas que mostram e comprovam os benefícios do suco de uva”, comemora a pesquisadora.

O evento contou representantes do governo brasileiro e pesquisadores de diferentes instituições, como Helena Queiroz, Alinne Bernd, Leila Caldeira, Caroline Dani e Andre Carlos Cau dos Santos.

 

Imagens: Caroline Dani e Fernanda Spinelli

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