(Nathan Held, Stephan Balay e Lucie Morton recepcionados por Renato Damian e seu filho Matheus/foto Eliana Maccari)
Uma raridade que instiga pesquisas, chama a atenção e encanta especialistas de diversos países. A uva Goethe, criada nos Estados Unidos por volta de 1850, resiste no Brasil há mais de 130 anos e encontrou seu habitat natural na região Sul de Santa Catarina. Em busca dessa história, especialistas dos Estados Unidos visitaram Urussanga no mês de janeiro.
Um grupo de pesquisadores acompanhou a colheita e pode apreciar diferentes vinhos e espumantes feitos com a variedade na vinícola Casa Del Nonno, empresa com quase 50 anos de atuação, sempre preservando a variedade.
“Eu sou pesquisadora e posso afirmar que a uva Goethe não existe mais nos Estados Unidos, onde foi criada”, afirmou a ampelógrafa Lucie Morton. Por isso viemos ao Brasil”. Lucie pontuou que graças ao resgate feito pelos produtores de uva nesta região do Brasil é possível conhecer essa variedade quase extinta.
A especialista em identifica de variedades de vinhas por meio do estudo das folhas das plantas estava acompanhada do vitivinicultor norte-americano Nathan Held e do cinegrafista francês Stéphan Balay. Juntos, eles estão produzindo o documentário “Odyssey of Forbidden Wines – Exile and rebirth of historic American grapes”. O trabalho é um levantamento e registro do renascimento de uvas históricas americanas. O roteiro também contemplou visita à Epagri de Urussanga, e demais produtores de uva e de vinho.
Durante a Vindima outra especialista em vinhos visitou a vinícola Casa Del Nonno. A chilena Nicole Soulodre (na foto acima, com Matheus Damian, da Casa del Nonno), que também trabalha para um pesquisador norte-americano, está desenvolvendo um projeto chamado “The Lost Grape”. Nicole degustou vinhos e externou suas impressões. “Foi incrível a degustação de vinhos Goethe em todos os seus formatos: vocês têm uma joia que deve ser mostrada ao mundo”, frisou.
Com informações da Casa del Nonno
Fotos: Eliana Maccari
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