Onze mulheres e um destino: o vinho

Onze mulheres e um destino: o vinho

Faz diferença ser mulher no mundo do vinho? Faz diferença ser mulher e trabalhar com vinho, seja em que função for? Pois essa foi uma das perguntas que fizemos a dez mulheres que atuam com vinho em diferentes áreas, produzindo, vendendo, estudando, ensinando, pesquisando, comunicando. A conclusão que chegamos é que sim, faz – e que bom que faz positivamente. Mulheres são mais detalhistas, têm o olhar mais apurado, tem uma percepção diferente e são capazes de diversas maneiras. São curiosas, atentas, sagazes.

Mas nem tudo é positivo, sabemos. Nós, mulheres, muitas vezes temos de provar duas, três, quatro vezes que somos competentes, que podemos realizar as tarefas, que sim, fazemos – e que fazemos melhor: não que seja uma competição, pelo menos não deveria ser. E em muitos momentos recebemos olhares de censura, palavras fora de lugar, críticas mal colocadas. Na verdade isso é algo que nem deveria ser discutido, mas infelizmente, é.

Pra começar, pensemos: por que é preciso uma data para ser comemorado o dia da mulher? Apenas um nos 365 dias do ano? E os outros 364?

Mas o ponto aqui não é esse. O ponto é saber um pouco mais de cada uma dessas 10 mulheres fazedoras, que brilham em diferentes áreas, todas elas tendo o vinho como ponto em comum.

Com vocês 11 mulheres que em um determinado momento, descobriram que o vinho fazia parte de suas vidas – e adoraram isso.

Faz alguma diferença ser mulher para trabalhar com vinho, Celinha?

“Faz toda a diferença. Traz leveza e alegria pro ambiente de trabalho, cuida com olhar acurado, é multitarefas. Claro que com muita competência. Hoje uma mulher pode encontrar possibilidades profissionais onde não havia pouco tempo atrás”

Celinha Carbonari, a entusiasmada

A arquiteta que administra a Villa Santa Maria, em São Bento do Sapucaí (SP), é presidente da câmara setorial de viticultura, vinho e derivados de São Paulo e secretária executiva da enoturismo Brasil, entrou no mundo do vinho por acaso. “Meu marido sugeriu que a gente plantasse uva pra fazer vinho”, lembra. Eu fui a um viveiro comprar e descobri que aquelas uvas não eram pra fazer vinho, mas não imaginava que existia mais do um tipo, pra mim era só branca e rosada, com e sem semente”, conta, divertida. “A agrônoma que me ajudou ficou com dó, me ajudou e encontramos o Murillo (Murillo Regina, pesquisador responsável pela implantação do sistema de Dupla Poda no Brasil)”.  “Fomos os primeiros no estado de São Paulo a fazer a Dupla Poda para a produção de vinho de inverno”.

A sorridente Celinha Carbonari que reúne pessoas por onde passa, junta grupos e vai atrás do que é melhor para o setor – vide a Rota dos Vinhos de São Paulo, da qual foi uma das principais estrategistas – e se transformou em produtora, só se deu conta que o vinho passou a ser sua vida quando a convidaram para uma palestra como mulher em destaque no agro: “até aquele momento eu me considerava uma arquiteta”, diz. Para Celinha vinho é vida, transformação, trabalho, dedicação: ” não existe vinho sem amor, sem paixão”.

Faz alguma diferença ser mulher para trabalhar com vinho, Eliane?

“Ser mulher no mundo do vinho, como em muitos outros setores, tem seus desafios, mas também traz uma visão sensível e cuidadosa. Acredito que as mulheres contribuem com uma percepção única, que mistura técnica e intuição. Vejo que o setor tem evoluído bastante, abrindo cada vez mais espaço para o protagonismo feminino, e isso é inspirador.”

Eliane, a organizada

Um sorriso doce é a primeira impressão que temos de Eliane Cerveira, administradora de empresas formada pela PUC/RS. Moradora de Bento Gonçalves (RS) há 30 anos, a 26 atua como secretaria executiva da Associação Brasileira de Enologia. A entrada no mundo do vinho, lembra, foi graças a Carlos Abarzúa e Gilberto Pedrucci. “Ali me apaixonei por esse universo e nunca mais quis sair”, conta. Para Eliane o vinho é uma história de descobertas, aprendizado e amizades duradouras que têm participação direta na sua vida: “o vinho tem um poder que vai além de um produto”, reflete. “É uma cultura temperada com muito trabalho, estudo e sensibilidade. Acompanhar de perto o trabalho dos enólogos nos bastidores da ABE é uma escola, um privilégio e motivo de orgulho porque vai além de qualquer marca comercial”, conta.

Eliane gosta de dizer que, mais que uma bebida, o vinho é uma forma de conexão. No caso dela, é mesmo. Há décadas é encargo dela organizar as viagens, as agendas e os eventos de todos que se envolvam com a ABE – e só lembrando: um dos maiores eventos de vinhos no mundo, a Avaliação Nacional de Vinhos, é responsabilidade da ABE. Ou seja, passa muito por Eliane. “O vinho para mim é mais do que uma bebida, é uma forma de conexão. Conecta pessoas, histórias, culturas e, acima de tudo, cria momentos que ficam guardados na memória para sempre”.

 

Faz alguma diferença ser mulher para trabalhar com vinho, Gisele?

“Como mulher tenho muito orgulho de ser protagonista da continuidade da família na produção de uvas. Desde cedo, aprendi todas as tarefas e isso me realiza profissionalmente, pois é a prova de que as mulheres são capazes, e não são inferiores mesmo nas árduas atividades da agricultura. Até acho que as mulheres se destacam nas questões de organização, agilidade, persistência e determinação. Em uma frase eu diria que a mulher protagonista se destaca em qualquer setor”.

Gisele, a produtora

Gisele Boldrin Rossi enche a boca pra dizer que é agricultora. Formada em Geografia, pós-graduada e História e Geografia do Brasil e Gestão Escolar, professora por muito tempo, nunca deixou o campo de lado. Depois do nascimento da primeira filha teve que escolher e não pensou duas vezes: “optei pelo que mais me identificava: a agricultura. A partir daí me dediquei exclusivamente ao cultivo de uvas e pêssegos”.

Filha de produtores, sempre teve amor ao cultivo das uvas, e acompanhou de perto todo o processo da uva se transformando em vinhos e sucos, até sua distribuição final ao consumidor. “Quem trabalha como cooperado, tem uma visão do todo: a qualidade e a excelência são entendidas como necessárias para permanecer no mundo e no mercado dos vinhos”, reflete.

Gisele pontua que a produção de uvas e vinhos representa a prosperidade da Serra Gaúcha. “Toda a beleza, grandiosidade e desenvolvimento dessa região começou com a uva e o vinho e isso permanece até hoje em grande parte devido a estas atividades econômicas”. A produtora afirma ainda que a uva e o vinho representam o sucesso e a sustentabilidade das pequenas propriedades, onde numa pequena porção de terras, com muito trabalho familiar, se garante o sustento e o conforto de cerca de 20 mil famílias da Serra.

Faz alguma diferença ser mulher para trabalhar com vinho, Isabela?

“Não sei dizer se faz diferença especificamente por ser mulher. No meu caso vejo mais impacto por conta da formação prévia em Farmácia, que dá uma base muito grande em Química, Bioquímica e Microbiologia, do que pelo gênero em si”.

Isabela, a pioneira

A enóloga que esteve lado a lado com o pesquisador Murillo de Alburquerque Regina no desenvolvimento das pesquisas do sistema de Dupla Poda é natural de Lavras, no sul de Minas, e atualmente mora na mesma região, em Caldas. A farmacêutica e bioquímica, graduada em Tecnologia em Viticultura e Enologia, atuou por pouco tempo em sua primeira formação. Logo emendou especializações em Vigilância Sanitária e Controle de Qualidade na Indústria de Alimentos, depois mestrado em Tecnologia em Alimentos.

Hoje Isabela Peregrino é gerente da vinícola do Grupo Vitácea Brasil, a Vitácea Enológica, que tem foco na prestação de serviços de vinificação e atende tecnicamente a 22 empresas. Além disso ainda encontra tempo para atuar como enóloga consultora para outras 9 vinícolas localizadas em MG, SP e RJ – vida corrida essa.

“Desde que entrei para a faculdade me dei conta que o vinho passara a ser minha vida. Tudo passou a girar em torno do vinho, primeiro com os estudos, depois com a vida profissional e até na vida pessoal, já que meu marido também trabalha com o manejo de vinhedos”, reflete. O primeiro contato, lembra, foi ainda durante a faculdade de Farmácia: “fiz o estágio obrigatório no laboratório de controle de qualidade da J. Lohr Vineyards & Wines , em Paso Robles, Califórnia, e voltei pro Brasil encantada com a Enologia. Depois de formada, fiz o vestibular e fui fazer a graduação: desde então, não saí mais da área”.

Faz alguma diferença ser mulher para trabalhar com vinho, Karene?

“Gostaria de dizer que não, mas a realidade é outra. O ideal seria que todos os gêneros tivessem as mesmas oportunidades e reconhecimento. Sabemos, no entanto, que estamos longe dessa utopia. Para uma mulher ser protagonista, normalmente é preciso o dobro ou o triplo de esforço. Sempre que ouço frases como ‘as mulheres estão dominando isso ou aquilo’, me pergunto: a que custo? O que não se fala é o trabalho extra que essas mulheres precisam realizar para alcançar esse protagonismo. A grande diferença de ser mulher nesse setor é que já sabemos, desde o início, que será mais difícil. A resiliência que isso exige nos fortalece, mas a equidade ainda está distante.”

Karene, a nerd 

Estudiosa e metódica pacas, Karene Vilela é uma das três mulheres brasileiras que hoje estudam em busca do título de Master of Wine, certificação disputadíssima e dificílima de obter. Com diploma em Propaganda e Marketing e pós em Negócios, é quando lista sua formação em vinhos que seu olho brilha:  “obtive o Diploma da WSET na Inglaterra, sou certificada pela Court of Master Sommeliers e fiz diversas especializações na Wine Scholar Guild”, relata.

Hoje, além de estudar muito, Karene atua no Brasil, Portugal e Inglaterra como Head de Relações Institucionais do grupo Bacalhôa, uma das principais empresas de vinhos portugueses. Também arranja tempo para ser presidente da Câmara de Comércio Portuguesa de São Paulo e dar aulas de vinhos na The Wine School Brasil. E como se isso fosse pouco, criou o Got Wine?, um projeto que promove festas vínicas voltadas para o público jovem adulto.

E tudo isso, quem diria, começou por acaso. Karene  trabalhava em uma revista de gastronomia e acabou migrando para o setor de vinhos por meio de Manuel Garcia, fundador da importadora Portus Cale, amigo de seu pai. Depois de algum tempo, assumiu a liderança da empresa, onde permaneceu por 15 anos. “Durante esse período, aprendi muito sobre o mercado e a distribuição de vinhos no Brasil. Paralelamente, minha formação acadêmica e minhas experiências em outros países me permitiram buscar especializações no wine business, que é uma das minhas grandes paixões no mundo do vinho”, relata.

Karene é pragmática quando analisa sua relação com o vinho: “o vinho faz parte da minha vida, mas está longe de ser toda a minha vida. Diferente de muitos, não o vejo com um romantismo exagerado. Para mim, o vinho é um negócio no qual me encontrei e pelo qual me apaixonei, mas não vivo dele por lifestyle – vivo porque é minha profissão e paga as minhas contas. Tenho o privilégio de trabalhar com algo que gosto, que une história, relacionamentos e agricultura”, simplifica. Ao mesmo tempo, lembra de um momento marcante, transcorrido na região do Douro, Portugal, em 2011: “eu já trabalhava no setor, mas foi o silêncio ensurdecedor do Douro que me marcou. Estava na Quinta do Panascal com David Guimaraens, num fim de tarde, bebendo vinho no copo americano e comendo carne assada com a equipe de viticultura depois de terem um dia de trabalho no campo. Foi naquele momento que pensei: quero continuar nesse mundo. A alegria que eu senti na simplicidade daquele momento e na beleza que enquadrava aquela cena eu nunca mais esqueci”.

Faz alguma diferença ser mulher para trabalhar com vinho, Keli?

“Sim, porque nos exige um cuidado extra em diversos aspectos. O Brasil é um país machista e temos sempre que provar ‘o dobro’ para alcançar nosso espaço”.

Keli, a educadora

Advogada de profissão, Keli Bergamo trocou os discursos e os tribunais pelos concursos e festivais de vinho. Com formação pela Wset, tem também qualificações em vinhos franceses, portugueses e atualmente é aluna da Sonoma University em uma especialização em Negócios do Vinho. Educadora pela Wset, também atua como Sales Manager do Morandé Wine Group no Brasil, cuidando da parte comercial das quatro marcas do grupo.

A entrada no vinho foi meio que por acaso: “comecei a estudar por curiosidade, sem qualquer interesse profissional”, lembra Keli, “montei um blog com as dicas que já passava informalmente a amigos e isso se desenvolveu por caminhos que não imaginava à época”. O ponto da virada veio na pandemia, foi ali que teve a oportunidade de antecipar a transição de carreira que já tinha sido iniciada.

Faz alguma diferença ser mulher para trabalhar com vinho, Lucinara?

“Acredito que faz diferença, principalmente porque as mulheres têm habilidades apuradas de degustação. Somos atentas, cuidadosas, criativas, ousadas. E isso impacta diretamente nas relações que o vinho constrói. O número de mulheres enólogas, sommeliers, enófilas, trabalhando na cadeia vem crescendo expressivamente, mas se olharmos para o todo elas ainda estão distantes dos cargos mais importantes. Até mesmo nas entidades é assim. Mas também penso que é preciso olhar além do gênero”.

Lucinara e Paula, as comunicadoras

Lucinara Masiero (foto acima) é jornalista com MBA em Gestão de Eventos e há 22 anos atua como assessora de imprensa. Paula Theotonio (foto abaixo) é comunicadora formada pela Universidade Estadual da Paraíba e já fez um pouco de tudo na profissão: assessoria de imprensa, jornalismo digital, impresso e rádio.

Comum às duas, o amor pela comunicação e pelo vinho. Lucinara trabalha assessorando entidades e eventos, com foco no setor vitivinícola e no enoturismo; Paula é sócia da Oxe Vinhos, bar de vinhos em Petrolina (PE), onde além da curadoria de rótulos, cuida do marketing e do desenvolvimento de cursos e eventos, além disso também é assessora de imprensa e colunista do Jornal Correio, de Salvador (BA) e faz parte do Conselho Regulador da Indicação de Procedência Vale do São Francisco para vinhos e espumantes, ajudando na tomada de decisões e participando das degustações técnicas.

Paula começou a trabalhar com vinho a convite, quando recebeu a oportunidade de escrever sobre o assunto; Lucinara ‘caiu’ nele: “quando trabalhava na redação de jornal adorava fazer matérias sobre o vinho brasileiro, especialmente quando tinha que ir para o interior para conversar com produtores de uva. Contar essas histórias sempre me fascinava, pois elas fazem parte da cultura da região onde moro. O vinho realmente aproxima as pessoas, faz amigos, gera negócios. Sair da nossa rotina e mergulhar no cotidiano de um viticultor é encantador”, lembra.

Seguir nessa área foi natural: “o vinho passou a ser parte da minha vida quando percebi que com ele me tornei uma pessoa melhor, mais feliz, mais viva do que nunca. Porque vinho não se bebe, se degusta. Em cada gole nos questionamos de onde veio a uva que originou este vinho, quem a plantou, quem a colheu, como foi o clima desta safra, porque ele carrega este nome”, reflete Lucinara.

Para Paula, o estalo veio com a necessidade de saber mais: “entendi que precisava estudar — e muito! — para conseguir fazer as perguntas certas para os entrevistados da coluna, e até mesmo para ter uma certa independência na produção dos meus textos e vídeos. E queria muito mergulhar nesse conhecimento todo”, lembra. Foi então que começou uma rotina de cursos e certificações: ” hoje eu me sinto realizada de estar no setor e diria que 80% da minha renda vem do vinho”, avalia Paula.

Faz alguma diferença ser mulher para trabalhar com vinho, Paula?

“Ser uma mulher nordestina, parda, do Sertão e completamente fora do padrão estético é, ao mesmo tempo, minha força e minha ‘fraqueza’ para o outro. Entre mulheres eu me fortaleço e me nutro; e se hoje estou onde estou, é porque diversas mulheres incríveis me deram a mão. Entre alguns grupos de homens, sinto que ainda preciso me provar até três vezes mais; e me proteger também”.

Faz alguma diferença ser mulher para trabalhar com vinho, Tainá?

“Para além das questões sensoriais que somos mais sensíveis, acredito que nossa grande diferença é na forma de gerir e tratar as pessoas. Nós mulheres buscamos gestões mais circulares, nas quais todos têm o mesmo nível de importância para assim podermos crescer juntos. Também buscamos dar voz e visibilidade a todos os envolvidos e tratar as coisas de maneira firme, porém amorosa”.

Tainá, a pesquisadora

Diretora de criação e enoturismo da Madre Terra, a gastrônoma, sommelière e enóloga Tainá Zanetti faz de tudo: cria e conduz experiências, grava conteúdo, arquiteta projetos, resolve perrengue de obras, cuida da elaboração dos vinhos, crio os menus degustação e projeto a empresa Brasil a fora. Está sempre estudando, avaliando, pesquisando, porém faz questão de dizer que não faz isso sozinha: “temos uma equipe incrível, mas faço questão de me envolver de coração em todas as áreas.

A entrada no mundo do vinho foi natural. Ou um “presente da ancestralidade”, como diz Tainá: “minha família paterna trabalha com isso, meu pai trabalhava com isso. Eu sinto que o bichinho do vinho me pegou quando eu tinha uns 6 anos e ia visitar meu pai no trabalho no verão. O cheio da fermentação se entranhou no meu coração de tal forma que foi tecendo meus passos profissionais”, recorda.

Faz alguma diferença ser mulher para trabalhar com vinho, Vanja?

“Não deveria, pois considero estas pautas sexistas muito enfadonhas…mas na real, sim! Acredito que a feminilidade nos dá sensibilidade, foco e sede de aprender. Isso faz toda a diferença!”

Vanja, a arquiteta

Vanja Hertcert é arquiteta e urbanista, e tem Mestrado em Viticultura e Enologia. Também pudera, em 30 anos de imersão no mundo do vinho, projetando e executando obras de vinícolas por todo o país, a especialização na área era apenas questão de tempo.

“Sempre digo que, entre a Arquitetura e o Vinho, um será sempre a desculpa perfeita para exercitar o outro”, brinca a arquiteta especializada em vinícolas e espaços para o enoturismo.

A entrada na área foi ao ser chamada para executar um projeto para um complexo enoturístico: “ali me aproximei do setor, que apresentava uma demanda clara de profissional especializado em arquitetura para esta área”, relembra. Dali pra frente tudo é história, com três décadas de aprendizado junto aos produtores de vinho do Brasil. “Me dei conta que o vinho passou a ser a minha vida em 1999, quando decidi lançar âncoras e ficar no Vale dos Vinhedos, ainda que sempre em movimento, pois hoje temos projetos em dez estados brasileiros”, conta.

Só tem 10 na lista?

A décima primeira é quem escreve, eu Lucia Porto, jornalista, uma das sócias do Brasil de Vinhos, que sempre me dou conta que o vinho virou minha vida quando passo um tempão escrevendo sobre coisas que gosto tanto e quando termino, penso: mas já acabou?

Pra fechar, um conselho da Vanja pra quem está pensando em ter o vinho como foco principal da vida: “não perca o foco e mantenha a capacidade de descobrir, aprender, e se divertir com o que faz!”

Fotos: divulgação. Eliane Cervieri, foto Jeferson Soldi.

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