‘Hip, Hip, Hurra! Festa de Artistas em Skagen’, uma pintura do final do século XIX de autoria de Peder Severin Krøyer, da coleção do Museu de Skagens, Dinamarca mostra um grupo de felizes artistas reunidos na aldeia de Skagen, na Dinamarca, celebrando o fim do verão bebendo vinho.
Que o vinho nos deixa mais felizes é algo que já sabemos, mas pesquisas recentes agora permitem provar isso. Um estudo conduzido por pesquisadores da cidade de Pisa, na Itália, e divulgado pelo portal The Drinks Business, conseguiu relacionar a qualidade do vinho que se bebe com a felicidade que ele pode proporcionar.
Publicado no Journal of the Science of Food and Agriculture, o estudo comandado pela Dra. Lucia Billeci do Consiglio Nazionale delle Ricerche d’Italia mediu as emoções que a bebida provoca nos consumidores. Cinquenta participantes foram expostos a cinco tipos diferentes de vinho, dos quais três eram de alta qualidade e dois considerados ‘defeituosos’.
O método utilizado na pesquisa envolveu sensores de eletrocardiograma (ECG) que documentaram os estímulos implícitos dos voluntários, e a seguir cada um deveria responder um questionário. Ao final os resultados mostraram que, quanto melhor o vinho degustado, mais positivas eram as emoções despertadas – independente do consumidor ter experiência prévia com a bebida ou não.
“De fato, até mesmo consumidores não treinados podem perfeitamente reconhecer bons vinhos em comparação a produtos de qualidade inferior”, disse Billeci. “Vinhos de alta qualidade são capazes de induzir um espectro de emoções positivas, conforme observado pela análise dos sinais de ECG, especialmente quando combinados com música de fundo”, completou a responsável pelo estudo em entrevista ao portal The Drink Business.
A descoberta foi reforçada em outra pesquisa realizada pela Wine Opinions e Colangelo & Partners, que contou com a participação de mais de 2 mil entusiastas do vinho. Os entrevistados foram segmentados por idade, gênero e hábitos, desde os apreciadores ocasionais até os mais frequentes.
Os participantes foram convidados a avaliar o impacto direto do consumo da bebida em sua saúde física e bem-estar geral utilizando uma escala de 7 pontos – com o número 1 indicando efeito muito negativo, o 4 um ponto neutro e o 7 equivalente a um efeito muito positivo.
No resultado obtido através da análise quantitativa, publicado no site espanhol Vinetur, observou-se que todos os grupos de participantes percebiam o consumo de vinho de forma positiva, destacando especialmente os efeitos psicológicos aos físicos, como conexão social, relaxamento e alegria.
Estes estudos são apenas uma reafirmação de uma crença pública: o vinho, quando apreciado com moderação, transcende sua existência. Além dos benefícios à saúde, a bebida tem a capacidade de elevar experiências cotidianas e criar boas memórias. Lembre-se disso na próxima vez que for degustar um bom rótulo. De preferência, um brasileiro.
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