Por que Brasil de Vinhos?     

Por que Brasil de Vinhos?     

Nós quatro felizes, num sábado de churrasco e vinho, com a foto feita por alguém que nos ama. Da esquerda pra direita, Róger, Luiz, Carol e Lucia.

Impossível contar quantas vezes nos fizeram esta pergunta nestes quase quatro anos e quantas vezes respondemos a mesma coisa, de diferentes maneiras: porque o Brasil é enorme, é um país continental, é formado por diferentes pessoas, tem climas extremos, culturas completamente distintas.

Na verdade esse raciocínio é fácil. Pensem só no tamanho do Brasil. Do Oiapoque ao Chuí temos uma extensão de 4,3 mil quilômetros. Vocês têm ideia do que é isso? Quantos países do mundo – principalmente do Velho Mundo, o grande mundo do vinho – cabem dentro do nosso?

Mas fiquemos no nosso mundo, o Brasil. A vinícola mais ao Sul cadastrada no Brasil de Vinhos é a Campos de Cima, que fica em Itaqui – praticamente habla espanhol, ali do ladinho da Argentina – a mais ao Norte, Nordeste, na verdade, é a Baobá, que tem sede em Natal, no Rio Grande do Norte (ok, não planta ainda e vinifica na Campanha Gaúcha, mas é uma vinícola cadastrada).

Avaliem isso, os extremos dos cadastros do Brasil de Vinhos se distanciam por mais de 4,4 mil quilômetros – ou umas 60 horas sem parar, direto, pela BR-116.

E nós, os quatro que hoje estamos a frente deste negócio, também não estamos todos juntos no mesmo ambiente, nem na mesma cidade. Luiz Lovato, nosso cérebro enológico, está em Campinas, onde conclui seu doutorado e foca nas pesquisas, tabelas e estatísticas, tão importantes e caras a este mundo. Caroline Dani, também conhecida como doutora Uva, depois de um tempo na capital gaúcha, voltou pra Flores da Cunha onde, dizem, nasceu dentro de uma pipa. Senão nasceu mesmo, muita influência de uma pipa teve, principalmente do pai, Darci Dani. Não sabe quem é? Pois então, nada que um google não resolva, mas péra, ajudamos: Darci Dani está a frente da Agavi, foi figura importante no Ibravin – quando o Ibravin era uma referência ainda maior no Brasil – e é uma autoridade muito respeitada e lembrada quando a pauta é vinho e tributos.

Sobraram os dois “neófitos” do vinho. Lucia Porto, esta que vos escreve, que caiu na barrica depois de ser apresentada seriamente aos vinhos de uma vez só, com 64 torneiras de um restaurante para domar, e o Róger Perotto, que de cervejeiro já não tem mais quase nada, até porque até onde se sabe já tem duas adegas em casa.

Em resumo, somos quatro amigos brasileiros que moram no Brasil e que, como vocês que estão por aqui, amam vinho – vinho brasileiro basicamente. E que um dia resolveram fazer desse amor, uma diversão. E dessa diversão, um negócio.

Então agora quando nos perguntam, por que Brasil de Vinhos, nossa resposta é outra pergunta: por que não?

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