José Pio X Schio, idealizador do projeto Areia Branca, nasceu em Campestre da Serra, na região de Campos de Cima da Serra (RS). Um apaixonado pelo campo, ele é o 10º dos 10 filhos de Dona Carmelinda, que foi uma figura muito importante para a comunidade local, principalmente por sua atuação social e religiosa. E o vinho sempre fez parte da história da família, seu pai costumava plantar uvas e elaborar a própria bebida em Campestre. A família Schio é imigrante italiana da região do Vêneto e, ao longo dos anos no Brasil, adquiriu vasta experiência no setor de logística e fruticultura.
Mais recentemente, morando em Campinas (SP), José Pio tomou conhecimento sobre a tecnologia da Dupla Poda, sistema que vem revolucionando a história do vinho fino brasileiro, e decidiu criar seu próprio vinho. Após muita busca e diversas pesquisas sobre as melhores terras para implantação dos vinhedos, encontrou o local ideal nas montanhas de Amparo (SP). Daí surgiu a Areia Branca Vinícola, uma empresa familiar que leva o nome por causa do bairro rural onde se localizam a fazenda e os vinhedos.
Vinho PIO X:
O nome PIO X é fruto de uma promessa que Dona Carmelinda fez durante a gravidez do seu 10º filho: se tudo corresse bem, ela homenagearia o Papa PIO X, recém canonizado à época, dando o nome do Santo à criança. Nascido no povoado de Riese, norte da Itália, em 1835, Giuseppe Melchiorre Sarto, Papa PIO X, foi o primeiro pontífice de origem camponesa da Igreja Católica. Teve um papado marcante entre os anos de 1903 e 1914, reconhecido pelo estilo pastoral ligado ao povo e aos pobres – semanalmente pregava nas ruas e praças do Vaticano e de Roma. O “Papa da Eucaristia” redigiu e aprovou diversos e importantes decretos sobre o Sacramento da Eucaristia, nos quais recomendava e elogiava a comunhão diária.
Como uma homenagem aos valores compartilhados por PIO X, o amor ao campo, o respeito ao trabalho árduo e diário dos lavradores, a paixão pela simplicidade, pela modéstia e o impacto positivo para a comunidade, o vinho PIO X será o símbolo do trabalho do homem e da natureza na Areia Branca. Elaborado somente em safras excepcionais, esperamos que esta bebida singular marque e melhore a vida das pessoas.
A equipe da Areia Branca entende ser desbravadora desta nova região da Serra da Mantiqueira, desta porção de terras altas nas montanhas de Amparo, nos Altos de Amparo – em 2025 se completam seis anos de trabalho sem vender uma só garrafa. A previsão é que os vinhos cheguem ao mercado no final de 2025 ou no início de 2026.
Na indústria, são utilizados os melhores equipamentos de vinificação, barricas e foudres de grandes tanoeiros franceses, como Taransaud, Seguin Moreau e Sylvain, tanques de concreto e botis italianos de cerâmica, equipamentos de vinificação Bucher Vaslin, bomba globular Cazaux, que substitui o sistema por gravidade, além de outras ferramentas de ponta.
A enóloga residente é Yasmin Portes e o consultor de enologia é Cristian Sepúlveda, profissional consolidado na Colheita de Inverno, responsável por vinhos premiados. No campo, a agrônoma Larissa Godarelli trabalha a qualidade dos vinhedos, seu papel é assegurar que somente as melhores uvas cheguem à vinícola e o consultor de agronomia é Otávio de Luca.
Localização
A vinícola encontra-se no Bairro Areia Branca, zona rural de Amparo, interior do estado de São Paulo, a cerca de 50 min de carro de Campinas e a 1h50 da capital paulista.
Entre morros e montanhas, os vinhedos de altitude ficam a 1050m e posicionam-se em encostas ensolaradas, todos à face norte. O solo é franco argilo-arenoso, com boa drenagem e ótima retenção de nutrientes, condições ideais para as vinhas. O clima é o tropical de altitude, comum nas porções mais elevadas do Sudeste brasileiro, principalmente na Serra da Mantiqueira.
A amplitude térmica na época da colheita passa dos 15ºC e as massas de ar que influenciam são a tropical continental e atlântica, mais secas, e a massa polar atlântica, mais úmida. No inverno, as mínimas partem de 5 a 8ºC e as máximas ficam entre 24 e 26ºC. Ponto Geográfico Areia Branca Vinícola: -22°80’12,35’’ S, -46°83’26,01’’
Fazenda
A propriedade totaliza cerca de 380 hectares. Quando Schio adquiriu as terras, eram só pedras e pirambeiras, com várias áreas degradadas e porções bastante erodidas. Houve criação de porcos e café há bastante tempo, sendo o café a principal cultura da região. No entanto, no momento da compra, o local encontrava-se abandonado.
Na propriedade, hoje 40% é mata preservada, uma proteção natural para os vinhedos, além de conservar e proteger a fauna e a flora do bioma. A propriedade também tem gado para melhoramento genético, animais da raça Zebuína. A preocupação com o meio ambiente se transforma em ações: uma parceria com a ONG Copaíba garante o replantio de áreas degradadas, além disso é realizado tratamento e descarte de resíduos agrotóxicos e industriais e há uma usina solar própria, assim 90% da energia consumida na propriedade tem a garantia de vir de fonte renovável e limpa.
Vinhedos
São separados em 13 quadras, 8 variedades e cerca de 55000 plantas no total – Syrah (45% das uvas plantadas), Sauvignon Blanc (15%), Cabernet Franc (15%) e Cabernet Sauvignon (11%), além de Chenin Blanc, Marselan, Viognier e Cinsault. Diversos estudos técnicos de solo, drenagem e luz solar foram feitos para a implantação das vinhas nesta altitude. A produção na safra 2024 foi de 4,8 ton./hec. Em termos de produção – com total atenção à qualidade e sanidade das vinhas – isso se compara à produção das grandes regiões produtoras de vinhos pelo mundo, como Bordeaux ou Borgonha, onde a produtividade raramente ultrapassa 6 ton/hectare nos principais vinhedos.
Projeto
Na Areia Branca Vinícola, todas as uvas são próprias e todos os vinhos são produzidos e engarrafados na fazenda.
