O Rio Grande do Sul foi o Brasil na Vinitaly

O Rio Grande do Sul foi o Brasil na Vinitaly

Foram 600 garrafas de vinhos brasileiros – gaúchos, para sermos mais específicos – consumidos em quatro dias. Também pudera, os rótulos de 12 vinícolas da Serra Gaúcha estavam sendo oferecidos aos visitantes da 56ª edição da Vinitaly – mostra “irmã” da Wine South America – que acontece anualmente em Verona, na Itália.

Saiba quais foram as vinícolas brasileiras presentes na Vinitaly

Amitié

Casa Valduga

Cooperativa Vinícola Garibaldi

Don Giovanni

Don Guerino

Grupo Miolo

Pizzato

Viapiana

Vinhos Fabian

Vinícola Aurora

Tenuta Foppa e Ambrosi

Salton

A segunda maior feira de vinhos do mundo – atrás apenas da ProWein, da Alemanha – tem 90% de seus expositores de origem italiana, mas a cada ano os participantes de outros países do mundo ganham mais espaço. E foi o isso o que aconteceu com o Brasil em 2024.

No parque são doze pavilhões, a maioria deles específicos para a Itália em suas diferentes regiões. Mas há também alguns anexos, um deles o Internacional, onde ficaram os dois estandes do Brasil, posicionados próximos à entrada e ao lado do espaço reservado para o grupo francês Grand Chais de France – um dos maiores conglomerados de vinhos do mundo.

O Brasil estava representado em dois espaços, um deles coordenado pelo Wines of Brasil, com realização da Apex e Governo Federal, e o outro pela Wine South America, promovido pelo Consevitis e Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

A grande movimentação no pavilhão internacional parece ter sido uma unanimidade. “Os próprios italianos disseram que nunca viram o pavilhão tão movimentado”, comemora Adriano Miolo, diretor superintendente do Grupo Miolo, uma das empresas brasileiras presentes na feira.

Karine de Souza, brasileira que mora há anos na Itália e trabalha com importação e exportação de vinhos, foi quem ficou responsável pelo estande dos vinhos gaúchos. “O estande do Brasil foi um dos que teve mais frequência”, explica. Com muita experiência na feira, Karine completa: “o pavilhão internacional é um local que atrai curiosos e o Brasil estava em um ponto muito visível”.

Mas no mundo do vinho geralmente estes curiosos têm um objetivo: “quem procura este pavilhão está atrás de novos terroirs no mundo, e os vinhos brasileiros têm muito disso” –  a afirmação é de Michael Waller, escritor e pesquisador de vinhos brasileiros. Os curiosos da feira puderam saber mais dos nossos vinhos, por exemplo, na Masterclass de Brasil, coordenada pela enóloga Monica Rosseti e provando alguns rótulos da  D.O. Altos de Pinto Bandeira – a primeira de espumantes do Novo Mundo: “É uma oportunidade de mostrar a qualidade e a diversidade dos nossos vinhos espumantes”, explica Daniel Panizzi, diretor da Don Giovanni.

E quem conhece, aprende, prova, degusta e encontra o que procura, compra. “Já estou com contratos fechados, pedidos para a Don Giovanni, Don Guerino e Casa Valduga”, comemora Karine.  “Além disso”, diz ela, “estamos abrindo mercado no Sul da Itália, em Capri e na Costa Amalfitana, por exemplo. O Brasil fez muito sucesso na feira”.

“Os compradores não eram apenas italianos”, afirma Simone Scussel, responsável pelas vendas internacionais na Wine South America. “Tivemos uma participação grande de compradores de quase todos os continentes: asiáticos, representantes da América Latina, das Filipinas, europeus”.

É um momento para comemorar, mas é preciso estar sempre atento. Michael Waller avalia: “O Brasil precisa participar destas mostras, aparecer, construir marca”, explica. “O mundo tem que saber que temos produtores e que fazemos vinho”, resume. “Quem é visto, é lembrado”, completa Simone.

 

Foto de topo: Michael Waller, arquivo pessoal.

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